O Cósmico Segredo das Horas Vagas

26 agosto, 2006

+ A ignorância fica-vos tão bem...

Uma penitência (isto, de escrever a partir do fim do mundo no meu palm de mulher "a-glandulária", desprovida de sanidade, psicótica e muito presunçosa, é maravilhoso...) à minha MUI Querida Estrelinha.
Porque ela merece.
Porque sou uma Madrinha desnaturada. Porque podia ter ligado e esqueci. E porque quero MUITO que migres para Lisboa!

Agora, quanto às represálias das mães sublimes, surpreendentes e anónimas acéfalas e "lobotómicas", cinco anotações:

1ª No MEU Blog exponho o que quero, como quero, do modo que quero e lê quem quer, visita quem quer e quantas vezes quiser. . Nos VOSSOS blogs aconselho a fazer o mesmo. Ninguém se chateia, cada um no seu canto, com as suas convicções e sem conflitos, se assim o desejarem. Procurar o desacato, coisa que abomino, parece-me um prazer VOSSO. «Adeus, good-bye Maria Ivone» que eu não ando nos VOSSOS a desrespeitar amigos, colegas ou comparsas de convicções. Mas que raio, estas tipas é que se ofendem por tudo e por nada e, ainda por cima, "picam-se" com uma pinta...

2º Não tenho vergonha em o dizer, assertiva e convictamente: mesmo que tivesse conseguido amamentar até aos 4 meses, teria ficado por aí. Por inúmeras e diversas razões. As mais argumentativas prendem-se com, primeiro, a descoberta de sabores, de texturas, da diversidade alimentar. Porque, graças a Deus, a minha filha pode. PODE comer Outras coisas. Posso oferecer-lhe outros prazeres. Porque, além disso, OUTRAS pessoas podem-lhe dar fruta, papas, peixinho e franguinho. Pessoas que a amam e estimam e que têm nisso gosto e porque EU não quereria a exclusividade tola de ser a Alimentadeira-Mor. Segundo, porque a minha vida não é dar de mamar. Parece-me simples. Porque me realizo fazendo outras coisas, porque tenho inúmeras facetas de mulher que se complementam utilizando o meu tempo noutras funções. Mas na pequenez da sua existência cada um fica feliz com o que sabe e pode, não é verdade?

3º Não defendo a amamentação EM EXCLUSIVO até aos 6 meses. Em exclusivo, NÃO! Jamais… Até ao primeiro aniversário acho que faz todo o sentido e parece-me lógico dar leite de manhã e à noite, se for possível. Se não, azar! Finito! Nothing more… Tudo o que vá além disso, não defendo. Mas, como já disse, cada um faz das suas mamas o que quer e da sua vida idem, idem, aspas, aspas. O que esteve sempre em causa nestas minhas convicções que tanto vos arrepiam (e eu é que preciso de terapia… AH! I have to laugh!) foi a EXCLUSIVIDADE ALIMENTAR. Mas há coisas difíceis de entender, eu compreendo. As limitações discursivas e hermenêuticas a isso levam.

4º Com tanto veneninho e azedume a destilar, cuidado que o leite azeda... ou coalha, o que é uma grande chatice!!!

5º Cuidado com o fervor das palavras e o "em brasa" em que se encontram. O leitinho ainda sai a ferver! Que maçada...

Às amigas de sempre, as companheiras de vida, de férias, de escola, de trabalho e de barrigas, um conselho: não se amofinem! Não há coisas mais deliciosas do que vir para aqui "botar depoimento"? Comprem sutiãs sexys sem abertura, gastem o dinheiro dos discos de aleitamento em livros, façam topless sem esguichar ninguém, deixem o tipo lá de casa "gozá-las" um pouco e não tenham medo de usar blusas justas que já não ensopam nada!! Às provocações respondam...

FALA COM A MÃO QUE O OUVIDO NÃO ESTÁ NEM AÍ!

23 agosto, 2006

+Intervaleco... para adendas! Não resisto a responder às meninas!

Ai, ai, que denoto aí uns complexos de inferioridade...
ai, ai... ai, o leitinho President incomodou e o mestrado também... e o yogurte? Ui!
Minha cara... eu não vou para o seu Blog apregoar os meus credos ou convicções. Como tal, deixe-me estar nas minhas. Se conhecesse, de facto, este Blog, saberia como foi a minha amamentação. Conheceria o cenário em que decorreu. Saberia, inclusivamente, que defendo a amamentação. Só não em exclusivo até às calendas gregas! Há lá coisa mais ternurenta, económica e prática, nos primeiros tempos, do que a mama?? Até aos 4/5 meses. At least! (Bolas, esta mania de me achar esperta e de escrever em "istranjeiro")
E se fosse Mesmo MUITO, MUITO espertinha, saberia que a amamentação em exclusivo até aos 2 anos, recomendada pela OMS, é relativo aos países sub-desenvolvidos em que as coitadas daquelas mulheres e crianças não sabem o que é uma papa, um Yogurt (posso escrever com "i", se preferir) e muito menos uma colher!
Mas deve pertencer ao "rebanho defensivo das glândulas mamárias" e darei, por esse motivo, o desconto.
E como tenho mais do que fazer na vida do que apregoar em Blogs que não me pertencem as minhas teorias, volto às minhas Vacances! Olhe, olhe!! Sei escrever em francês!!
Não é extraordinário?
Sou mesmo inteligente...

P.S.: Minha querida ANA, já te conheço e já falámos inúmeras vezes sobre a temática. Como sabes, e por isso nos visitamos, não condeno, mas julgo. Mal parado estaria o mundo se deixassemos de ter opinião. E gosto da tua posição: olha... eu fui assim mas poderia ter sido de outro modo!
:-) Parabéns a essa pequena gulosa!

À Rute e Bruno um beijinho ENORME e os desejos de boas férias!

À minha ALIEN preferida, ficam os desejos de rumar a Sul para te beijar no rosto ao vivo!

Quanto aos anónimos, «chou, chou»... vão lá para outras bandas que de entrevistas com vozes distorcidas e rostos encobertos estou eu farta!! Cobardolas...

Carlinha, andas desaparecida e eu morrendo de saudadesssss. E Calamity, estou cá de braços abertos "ti esperando" e Loirinha de mi coraçõn, temos planos, temos planos! Vamos nessa!!! Beijossss

12 agosto, 2006

+ Mim Lynette, tu... something else!




O CSI (série de culto cá em casa) introduz o Infantilismo... um desvio sexual (tara mesmo!) sobre homens que gostam de ser tratados como bebés. Amamentados, mudada fralda, postos a adormecer and so on. Até aqui tudo bem... O episódio de hoje nem era novo para mim. Tenho os DVDs (i'm nuts!) mas recordou-me algo. Um outro episódio que uma amiga minha dizia «Era a tua cara!! Parecias mesmo tu!»
A dita amiga referia-se ao Desperate Housewives. Lynette, essa figuraça que voltou, na série, a se ruma executiva de sucesso, rebela-se contra uma situação inenarrável: uma colega de trabalho amamentava o filho de 4 ou 5 anos. Sacava da mama e, deliciada, lá alimentava o pequeno. Lynette acha, de facto, tudo aquilo muito surrealista (isn't she just like me?). Enquanto a mãe da referida criança está numa reunião, a mesma entra pelo escritório de Lynette "adentro" e pergunta pela vaquinha leiteira ambulante: a mãe. Diz que tem sede... Lynette, sugando um pacotito de leite de chocolate (espero que fosse Ucal!), explica que a mãe está ocupada. A criança insiste «Mas eu tenho sede!! Que estás a beber?»
Ehehehe...
O resto, é fácil de adivinhar.
Pacotes para que vos quero...
Chocolatinho forever.
Leitinho vem dos pastos!
A mãe ficou arrasada e Lynette uma mulher.... digamos... corrosivamente satisfeita.

Há uns dias, tomei conhecimento de um bebézola que há seis meses não sabe o que é OUTRA COISA senão leite materno. Nem em co-existência saudável com sopinha ou papinha. Nada. Nem maminha de manhã e maminha à noite. Rien! Sempre mama... em EXCLUSIVO.
Não sabe o que é uma colher ou sentar-se numa espreguiçadeira com babete. Ninguém lhe deu de comer além da mãe (óbvio!). Não conhece o sabor da fruta. Não sabe mastigar. Não rói pãozinho ou bolachinhas. Não experimentou yogurte. Pois é... como dizia mais uma personagem do CSI Las Vegas: é um Buffet em Topless.
(foto ilegalmente retirada de um site... vamos lá ver se a tipa não descobre.... não é tuga, não se preocupem. Mas há umas quantas assim!)

P.S.: A minha bacana tem UM DENTE. Curte segurar na colher, mastiga muito bem bananinha e bolachas Maria e adora maçã... Gosta que a avó lhe dê sopinha de espinafres com carnunga de vaquinha e de comer o yogurte no jardim com o pai.
Já passou uma noite com os avós para os pais jantarem fora, passarem a noite na YorkHouse, das Janelas Verdes, e gozar o aniversário de casamento. Já decidimos: Tunísia, Madhia, here we go! TODOS! Eu, ele, ela e os pacotes, boiões e yogurtes! LOL

05 agosto, 2006

+ A criminosa Insónia volta sempre ao local do crime...

... e podia continuar... A Insónia toca sempre duas vezes... Amigos, amigos, Insónias à parte... And so on, and so on.
Na verdade, aproveito para falar de algo que me preocupa.
Vi uma criançola baby feia. Vamos ser honestos, sem psicodramas ou rodeios. Era feia. E agora?
Eu olho para as fotografias da minha bacana quando nasceu e parecia-me mesmo gira. O meu pai, o senhor meu progenitor, confessa hoje que quando a pegou disse à senhora dona minha progenitora «Ai, que não era isto que eu queria...». Não era loira e nem tinha os olhos azuis.
O tipo com quem casei, com quem vivo e com quem tive uma filha diz que a bacana, com um pouco de icterícia e MUITO cabelo, tinha pinta de índia Cherokee cruzada com o chinezinho da loja dos 300 da tenda ao lado. Enfim... eu continuo a achar que a miúda era gira. Mais do que a grande maioria dos recém-nascidos.
A bacana, agora, está linda de morrer (a coisa é consensual, incluindo o avô babadérrimo, mimosérrimo, arrependidérrimo dos impropérios que pensou na altura!). Avancemos.
Esta que me passou pela retina não era recém-nascida. E era feia.
E que dizer nestas alturas? Dicutia isso com um amigo meu e trocámos algumas expressões que partilho e que podem ter grande utilidade pública a todos os que acedem a este Blog. Minimizam o desconforto e salvam-nos de situações embaraçosas de quem não sabe bem o que dizer diante de uma criança que deverá ser adorável e ter um coração maravilhos mas para com quem a herança genética foi cruel ou os pais incentivaram esteticamente a coisa (bandoletes, chapés ridículo, fatos e babygrows non-sense ou combinações cromaticamente desconexas):

- «Ó, pá! Está tão engraçado!»
- «Ai, é tão fofa... tem um ar divertido!»
- «Que querido!! É mesmo um doce!»
- «É parecido com quem?»
- «Bem... tem mesmo ar de quem tem imensa personalidade!»
- «É tão simpático!!»

Em traços largos, estas são as frases chave para uma amizade e convivência de sucesso.
E, garanto!!, todos aqueles com quem me cruzei ao longo desta odisseia bloguística, são GIROS até à medula!! Fica o aviso às mães mais melindrosas que me conhecem... Pá, migas, desde ao Zézinho à Saroca, são todos um mimo! Se não fossem, lá estaria eu a cuspir uma destas frases... e não é o caso!!!

04 agosto, 2006

+ Dona de Casa Desesperada...


Era eu! Sem tirar nem pôr! Eu era a Lynette!! (com mais 20 kilos, apesar de já ter entrado nos 60s... Bendito Tallon!)

Sem carro, coube-me a árdua tarefa de passar o testemunho (a filha!) ao tipo que mora cá em casa. Ponto de encontro? Local mútuo de trabalho! Tarefa? Descer com o meu portátil na pasta, a minha mala, a mala da bacana, o ovo para ir no táxi, o carrinho para passar para o carro do tipo que mora cá em casa. Desci com o carrinho e com o portátil. Voltei para vir buscar o ovo, a bacana lá dentro, a mala dela e a minha. Abri as duas portas da rua a transpirar por todos os lados porque o carrinho não passa só com uma aberta...
Descemos cavalgantes a calçada. Um sol surrealista. Um calor inenarrável.
Praça de táxis connosco. Nem um... nem unzinho! Liguei, esperei por um... Eu, ela, o portátil, a mala dela, a minha mala, o ovo e o carrinho à espera, meia hora, por um táxi! Lá chega...
Metemos tudo no táxi e viajamos a grande velocidade.
À porta do local mútuo de trabalho está lá o tipo com quem casei.
Dizemos olá, eu passo-lhe a mala dela, pego no portátil e ele no táxi para regressar a casa e cabe-me uma outra tarefa: meter o carro no parque do local de trabalho! Apanho o último lugar vazio!
Entro, tonta, no edifício e só pensava... eu... eu... EU SOU A LYNETTE! Mas com menos filhos, um salário bem mais baixo, sem vivenda e sem um Grammy na mão.
Grunf!

+Voltou... a In-Sónia, essa gaja fixe!

Não sei que horas são. O relógio da cozinha, caríssimo!!!, da extinta Habitat, morreu para a vida com qualquer pilha que lhe seja inserida. Recusa-se a mexer, a andar, a pautar-se ao ritmo do tempo. Parou.
Voltei a uma noite em branco. Falo do leite, claro. Desta vez, Terra Nostra e, minhas caras e meus caros, confirma-se: é tudo a mesma m..... Essa coisa do leitinho Vigor e tal, de garrafinha, ainda vá que não vá. O resto, de pacote, vem tudo da mesma vaquinha. Não tenho dúvidas.
Mas a In-Sónia, essa tipa porreira que me concedeu a graça e disponibilidade para aqui vir a estas horas, apesar de não saber que horas são pelos motivos já explanados, serve, em grande parte para acrescentar 5 impressões sobre a minha maternidade:

1º É possível saber há quanto tempo alguém teve um filho pelo comprimento das raízes das nuances...
2º O dedo com que aplicamos a pomada no rabiosque tem sempre a unha mais branca do que as restantes...
3º As grávidas são ímans. Funcionam por osmose. No meu local e trabalho, já lá vão mais duas.... e das 8 que, até agora, se contabilizaram desde o ano passado e que já pariram, só uma teve um rapaz!! O resto, gajas! É isso termos o período todas ao mesmo tempo! Que coisa bizarra!
4º Nunca encarei com tanta naturalidade ter sopa no cabelo, cocó nos dedos ou papa na roupa.
5º Uma psicóloga, com quem conversava, perguntou-me ontem se tinha bebés... respondi afirmativamente. «É que ainda não parou de embalar aquilo que trás nos braços...» Falamos de um tripé!!

01 agosto, 2006

+Numa nesga de tempo...

Voltei a trabalhar. Muito!
A bacana que me arranhava a barriga e que agora me adoça a vida já come yogurte.... sopa... papa... bolachas... pão... carne. Omnívora, pois então!
Voltei ao trabalho!!!!
Vou de férias em Agosto. Tunísia.
Ela vai atrás... «Boas praias! Vão, vão!», diz o pediatra. Recuso-me a deixá-la desde que, por uma noite nos avós, me mirou, no dia seguinte, sem sorrisos, sobranceira e com o ar de quem não queria MESMO falar comigo. (ela não fala, mas adiante...)
Penitencio-me todos os dias pelas histórias que tenho perdido, pelos blogs que não tenho visitado e por tudo o que tenho querido contar e que fica guardado entre as penas e a fronha da almofada, onde aterro rapidamente à falta de insónias.
Tenho bebido 3 a 4 cafés por dia. Se me falha um, ando a dormir pelos cantos.
Volto, volto com mais tempo.... esta noite?
Voltei, também, a caber em algumas calças... mas através do efeito cogumelo. Apertam, servem na perna mas sobram as memórias lípidas que a minha bacana me deixou. Qualquer coisa deste género...


Temos fé! A coisa vai ao sítio... e eu vou ter de ir ali a um sítio e volto já!!!