+Voltei, voltei... voltei de lá...
Começo com uma justificação (penso ser uma...) para esta ausência: a baixa dos três meses terminou e voltei à labuta diária! Se cirandei durante 90 longos e desesperantes dias pelos cantos dos 80 m2 de casa com vista para o Tejo, o que me deixou muita hora disponível para escrita e avanço do mestrado, é óbvio que a produção discursiva do Blog só poderia ser vasta. Mas a bacana que cresce entre intestinos e afins, deu finalmente alguma serenidade à minha vida física (e mental, seja!) e permitiu o meu regresso ao trabalho. Resultado: tempo- 0, disponiblidade- 0, vontade- afogada na almofada. E muito me espanta, com profunda admiração, a nossa Blimunda que, apesar da cria que tem agora em casa, sedenta de atenção e leite materno, ainda se dedica a estar viva para o mundo internáutico!
ELE também podia escrever por estas bandas... pois sim, mas a faculdade e as aulas não são "pêra doce" e o pobre lá vai sucumbindo ao cansaço da matina diária, aos livros e fotocópias e sobrevive com uma pré-instalação de mini-suportes de madeira anexos às pálpebras, impossibilitando-as de fechar.
E quando passam 35 minutos das seis da manhã, cá ando sem grandes planos para adormecer, preocupada com tudo, com a imensidão do meu mundo e dos meus problemas. Dilemas da estreia que se apresenta e envenenada com o excesso de informação gestacional vislumbrada na internet e que nos abre toda uma panóplia de possibilidades negras para uma gravidez. Acabo sempre por ler o que não devia e encosto-me no leito com uma quantidade de receios ainda maior. Posso explicar que tudo isto tem algo de genético. Eis a figuração da ideia: Eu com 11 anos... Mãe com 33. Estávamos em plenos anos 80. Fomos ao Gustavo, pediatra desde sempre. Sintomas? Congestionamento nasal, gânglios inchados, febre alta. Podia ser muita coisa. Mas a Mãe sabia: «Dr. a R está com Mononucleose Infecciosa.» Na verdade, o Gustavo só serviu para colar uma vinheta da receita que a Mãe não possuia. E padeci da doença anunciada maternalmente durante quase dois meses. Foi suficientemente ilustrativo da herança genética que transporto no sistema nervoso central?
Hoje deito-me com uma informação acrescida de todas aquelas que registo e documento na memória e que desenrolo todos os dias, como um rosário de medos: o líquido amniótico pode ser meconial.
Fiquem-se com esta.
8 Comments:
Grande croma! E ainda por cima a cromice é genética ;)!!!
Relaxa e goza como diz o outro... se conseguires.
Às vezes penso que a ignorância deve ser algo muito tranquilizador.
...dassss! Que raio é essa coisa do meconial? Vem de mecónio?
9:34 da tarde
Conversa de mães dá sempre em molho!!
E é verdade realmente, que as mães têm sempre razão!
Bem-vinda de volta!!
Tenho de escrever aqui a receita, mas acreditas que já não me lembro qual era?!
Desculpa e relembra-me, se te lembrares também.
Quanto ao meconial, VAI TU!!
Eheh
Beijinhos
7:53 da tarde
Eh, pá... receita... acreditas que nem eu? Mas devia ser de coisa boa e gostosa!! ESPERA!! Lembrei! Não era o quiche? Como ficar sólido? Com fiambre e tal? Era isso!!
Fico à espera e, grávida, já estou aguada!
ehehehe
Beijinhos
12:10 da manhã
Também tenho uma dessas cá em casa...ou melhor ela é q ainda me tem cá por casa!
Eu como especialista em ervilhagem e afins digo-te pá... o pior vai ser quando os manfios cirandarem aí por casa...
E eu sei do que estou a falar.
Já agora não percebo nada de culinária como a malta acima assinada...e nem do resto...mas mesmo assim aqui fica...é só juntar água e mexer...muito simples, funcionou com a malta básica IST2000 e já rebentou uma "M" e está outra "M" a germinar:
Cuidados a ter com a ervilhinha "M":
1-Regá-la todos os dias pela manhã e ao deitar;
2-Remexer a terra fértil;
3-Substituir o vasito sempre que ela se sentir apertadita;
4-Adubá-la qb, com mto "amor e carinho";
5-"Habla con ella";
6-Conta-lhe estórias ao deitar;
7-Canta-lhe um canção de embalar;
8-Ao pai "Z" só resta a "macha" tarefa de chumbar os traseiros dos manfios...
2:51 da manhã
Sim sinhore, lembrou-se!!!
Mais tarde escrevo isso tudo por aqui.
Beijito
5:37 da tarde
Bom, o que eu tenho a dizer sobre isto é: Seis e meia da manhã não são horas para estares acordada, quanto mais a ervilha!!
Mais descanso e menos preocupações, fax favori!
Tou com a Blimunda e aquela questão da ignorância! Quanto ao meconial (era assim q se escrevia?!) é que nem quero saber ou ainda desisto da ideia futuresca da maternidade!
O nosso estudante também podia dar um ar da sua graça de vez em quando... mas se são os afazeres académicos que o prendem... enfim a gente perdoa
Beijocas
SS
10:21 da tarde
Sempre foste assim, diagnósticos precoces do que tinhamos, acrescidos do nome do medicamento que deveriamos tomar, ir ao médico, não era necessário tu tinhas a receita na ponta da lingua...que bom...fizeste-me regressar ao passado e aos melhores anos que vivi e que recordo com grande nostalgia...é normal que te preocupes...não stresses
também concordo mais descanso, olha que o pior ou o melhor, como quiseres vem aí...bjs
11:28 da tarde
Apareci aqui pelo acaso de uma visita de algum leitor comum. E deixo, com prazer, o elogio do blogue intimista e franco. Mesmo se o jargão médico me é alheio...
Linkarei na próxima actualização Do Portugal Profundo.
3:39 da manhã
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